Minhas séries asiáticas preferidas

Quase 4 anos depois de ter entrado nesse mundo dos doramas, já perdi a conta de quantas séries da Ásia já assisti. A maioria foram coreanas, mas já me tornei uma profissional em saber diferenciar os idiomas entre coreano, japonês e chinês. Nem me perguntem como que eu não sei explicar.

Mas por algum motivo, tem muita gente que ainda se surpreende quando descobre que prefiro mil vezes essas séries do que alguma norte-americana com várias temporadas. Se tem beijo logo de cara, eu já não quero. Precisa ter pelo menos 8 episódios de sorrisinhos, lámen compartilhado e mãos esbarrando sem querer pra gente acreditar no romance do casal protagonista... Enquanto não tiver a cena na chuva/neve não dá pra acreditar nesse amor não.

Dito isso, separei a minha lista de preferidos-10-de-10, começando pela série que a Verônica recebeu cerca de 84 áudios enquanto eu assistia ENLOUQUECIDA a cada plot twist. Pode entrar:

- Pinocchio
Eu amo essa história porque você começa sem entender muito bem o que tá acontecendo e de repente se dá conta de que o pano de fundo de toda a série é ética em jornalismo.

Ki Ha Myung é um garotinho que vive com seu irmão mais velho, sua mãe e seu pai - bombeiro capitão. Acontece um incêndio em uma fábrica e seu pai morre durante o resgate de dois funcionários - que depois você descobre que eles nem estavam na fábrica. Mas como o corpo dele não é encontrado, a imprensa começa a especular sobre a possibilidade dele ter fugido após a morte de toda a sua equipe e a briga pela audiência entre os jornalista só aumenta a tensão de todos em volta da família.

A mãe dele entra em depressão e resolve tirar a própria vida, pulando de um penhasco abraçada com o caçula. Ele sobrevive e é resgatado por um senhor que, sofrendo de perda de memória, acredita que ele seja seu filho, falecido há 30 anos - Choi Dal-po.

Como o mundo dorameiro é uma ervilha (rs), o agora Dal-po é criado juntamente com a neta do senhor que o resgatou, In-ha, que é filha da jornalista que mais falou de seu pai. Então ele cresce sendo bastante hostil com a garota, que sofre de uma doença chamada Pinocchio: ela é incapaz de mentir. Sempre que tenta, começa a ter crises de soluço. 

Os dois ingressam em jornalismo e são contratados como estagiários em emissoras concorrentes. In-ha sonha em ser uma jornalista tão boa quanto a mãe, enquanto Dal-po só quer ter a chance de confrontar a mulher que acabou com sua família...

Quando você acha que nada mais pode acontecer, o irmão do Ki Ha Myung/Dal-po aparece e descobre parte da mentira que envolve a morte do pai deles. E É AÍ QUE A COISA PEGA, MINHA GENTE! Porque ele faz uma coisa muito ruim, mas também faz uma coisa muito boa. E essa coisa boa é vista, viraliza e a imprensa o torna um herói.

Daí vem toda a questão da ética jornalística: a que ponto eles podem transformar pessoas boas em vilões e pessoas ruins em heróis?

Enfim... A cada final eu terminava com a mão na cabeça falando: MEU DEUUUUS! rs
Tem mistério, tem suspense, tem comédia e uma dose de romance dos protagonistas porque ninguém é de ferro (só achei que o último episódio foi fraco em relação a toooooodo o resto, mas ok). 

- Suspicious Partner
Também conhecida como a série que me fez conhecer Ji Chang-wook.

Essa série era meio investigação, meio comédia. Eu lembro de rir muito mais nos episódios do que eu acho que era a intenção dos roteiristas... 

Aqui vamos ter dois personagens principais que tem a melhor/pior forma de se conhecerem: em um metrô, com a mocinha acusando o mocinho de assédio - o que não aconteceu. hahaha

Eun Bong-hee é uma estudante de Direito que acaba de descobrir que foi traída pelo namorado. Como ela não é uma pessoa muito ~normal, ao confrontar o namorado ela diz que vai dormir com o primeiro homem que aparecer na frente dela.
O homem acaba sendo Noh Ji-wook, um promotor que minutos antes tava quase apanhando da Bong-hee ao ser confundido com um tarado no metrô. Ele percebe que a mulher se colocou numa situação MEIO ESTRANHA com o namorado e, fingindo concordar em passar a noite, sai com ela. 
Ela fica bêbada, ele a leva pra casa dele, nada acontece mas no dia seguinte ela não lembra de nada e só foge... rs

Já falei que o mundo dos doramas é uma ervilha?
Pois bem...

Bong-hee vai fazer estágio AONDE? Na Promotoria.
Com qual promotor? Ele mesmo: Ji-Wook.
Até aí tudo bem...............
....mas sempre que a Bong-hee encontra o ex-namorado ela faz questão de dizer que ainda vai matá-lo. O que ninguém levaria a sério se não fosse o fato de que o cara realmente 1. É morto; 2. No apartamento dela.

Obviamente ela é presa e como desgraça pouca é bobagem, o ex-agora-defunto é filho do chefe da promotoria, que deixa bem claro pro coitado do Ji-wook que ele tem que conseguir a condenação da moça.

Acontece que não só não há nada sobre a culpa dela, como uma prova é implantada e a promotoria descobre. Então Ji-wook decide que não pode indiciá-la dessa forma e o caso é arquivado.

Ele é demitido, tem que virar advogado de defesa (que ele odeia!), enquanto Bong-hee tem que viver com sua recente formação em Direito e a certeza de que nenhum escritório contratará uma ex-acusada-que-pode-ter-matado-ou-não-o-ex-namorado. Mas ela promete que conseguirá encontrar o verdadeiro assassino e que ajudará Ji-Wook a voltar à promotoria.

Mesmo falando que é uma comédia, a história do assassino e as motivações dele são bem pesadas. Não tem nada de engraçado nessa parte...

No geral, vale a pena pra quem gosta de série criminal, pra quem gosta de dar boas risadas e pra quem gosta do Ji Chang-wook (e quem não gosta?)...

- While You Were Sleeping
Mesma roteirista e ator do Pinocchio e talvez tenha sido esse o motivo pra eu assistir? Sim.

Desde a infância, Nam Hong-joo tem sonhos premonitórios. Isso seria muito legal se envolvesse resultados da loteria, mas eles sempre mostram fatos que envolvem morte, crime ou situações em que ela não entende bem o que pode ser. 

Hong-joo era uma repórter, mas abandomou a carreira após um desses sonhos e hoje trabalha no restaurante da mãe. Um dia ela sonha com um homem desconhecido que parece a ajudar depois de um acidente e QUAL NÃO É A SURPRESA ao descobrir que o novo vizinho é esse cara?

Jung Jae-chan é um jovem promotor que acabou de se mudar para um novo bairro junto com seu irmão caçula. Ele acha a vizinha meio grosseira e esquisita até ele ter um sonho muito doido com ela e perceber que esse sonho está acontecendo... Os sonhos começam a ficar mais constantes e as coisas que já pareciam estranhas ficam mais ainda com a chegada do policial Han Woo-tak, que começou a ter os mesmos tipos de sonhos sobre o futuro.

Os três começam a usar os sonhos nas investigações dos casos que chegam à promotoria, mas percebem que precisam se ajudar para entender o motivo dessas premonições e porque eles parecem ligados de alguma forma.

O roteiro dessa série é tão bem amarradinho que dá até uma tristeza quando acaba e eu nunca esqueço a sensação de "AI MEU DEUS OLHA O QUE ACON...ah! era sonho. ufa!" que eu sentia em cada episódio... rs

Erased
Baseada no mangá de Kei Sanbe, essa série (da Netflix) foi um problema sério na minha vida, porque eu a maratonei de um jeito que nem esperava! Ou eu terminava logo pra saber quem era o assassino ou eu ia morrer de curiosidade... 

Satoru Fujinoma é um rapaz frustrado na vida pessoal e profissional (quem nunca?) que consegue fazer pequenas viagens no tempo, sempre para poucos minutos no passado, evitando pequenas tragédias que ele presencia.

Ele nunca entendeu o porquê disso, mas depois de ser acusado pelo assassinato de sua mãe, ele acaba voltando à sua infância. Durante aqueles anos, alguns estudantes de sua escola desapareceram. Uma pessoa foi presa, mas ao que parece, o verdadeiro culpado ficou a solta e tem alguma relação com a morte de sua mãe nos tempos atuais.

O que eu mais gosto nessa série, além de todo o mistério, é que não importa como Satoru consiga impedir um acontecimento, ele sempre fica com as memórias do que aconteceu, do que ele fez, e de como as coisas estão agora. Claro que o que ele muda no passado reverbera no efeito borboleta e muita coisa vai mudar no "presente-futuro", mas vê se eu tava com tempo de pensar nisso. Eu só queria devorar essa história. hahaha

- Fated To Love You
Fiquei um tempão tentando lembrar o nome desse, porque o apelidei de "o dorama com a melhor risada de todas". Se você não sabe do que eu estou falando, precisa clicar nesse link!

Se você nunca assistiu a um dorama onde temos um CEO de família rica X mocinha comum e pobre, você não está assistindo aos doramas na sua plenitude... Volte duas casas! 

Essa versão é uma adaptação de um drama taiwanês (que eu não assisti) e conta com a fórmula "gravidez acidental + casamento forçado = amor". É um clichê? Sim. Mas esse é muito melhor! 

Lee Gun é o presidente de uma grande empresa da sua família. Ele tem um certo medo de ter um filho por conta de uma "maldição" que todos dizem rondar os homens de sua família, mas sua avó está o pressionando para que ele case logo e tenha um herdeiro. Ele resolve aproveitar que sua namorada, Se-ra, está voltando à Coréia depois de uma temporada como bailarina nos EUA e decide pedi-la em casamento.

Kim-Mi Young é uma secretária em um escritório de advocacia. Ela é boazinha demais, o que faz com que as pessoas se aproveitem dela no trabalho. Ela diz que é uma post-it: alguém que recebe uma tarefa e é descartada em seguida. Gun e Mi Young se conhecem por acidente e depois se reencontram no resort onde o mocinho pretende ficar noivo. Os dois são drogados e acidentalmente acabam passando a noite juntos. Depois da confusão na manhã seguinte, os dois se despedem amigavelmente - já que não foi culpa de nenhum deles o que aconteceu e eles acreditam que nunca mais irão se ver. 

Mas o que acontece? Isso mesmo! A gravidez! 

Mi Young pretende ter o filho sozinho. Ela sabe que Gun tem uma namorada, que ele a ama e ela não quer destruir isso. Mas vê se o mocinho tem chance de alguma coisa quando a avó descobre? Claro que não! rs 

Eles se casam e obviamente começam a se gostar enquanto tentam se acostumar com a gestação e um com o outro. Mas lembra da tal maldição dos homens da família que eu citei ali em cima? Ela vai dar uma atrapalhada no romance e as coisas vão ficar um pouco tristes. Eu lembro de que ia assistindo achando uma delicinha, então veio um episódio X e eu chorei de SOLUÇAR! Vê se eu tava precisando disso...


- Romance Is A Bonus Book
Essa é uma produção da Netflix e uma das coisas mais fofas que assisti!

Kang Dan Yi foi uma redatora muito talentosa que abriu mão da carreira para cuidar do marido e da filha. Anos depois ela é traída e se vê abandonada, sem dinheiro e sem perspectiva de arrumar um emprego depois de tantos anos fora de sua área. Ela é melhor amiga de Cha Eun Ho, um escritor talentoso e editor-chefe em uma Editora que está procurando novos funcionários. Mentindo sobre seu passado e sem avisar ao amigo, Dan Yi consegue uma vaga e precisa fingir que não conhece Eun Ho, apesar dele ter descoberto sobre suas dificuldades atuais e a convidado para morar em sua casa.

Eu amei muito essa história pela delicadeza que ela vai tratando dos assuntos. Temos aqui uma protagonista que não é jovenzinha e ingênua, mas sim uma mulher que já passou dos 30 anos, viveu uma grande decepção e sabe que as oportunidades não sorriem mais para quem ficou tanto tempo fora do mercado de trabalho. 

O drama não finge que essas coisas não acontecem, pelo contrário. Dan Yi tem que se esforçar mais do que os outros, mesmo ela tendo muito mais talento do que a maioria ali. Se os funcionários precisam ser bons em suas áreas, ela precisa ser excelente.

Entretanto, assim como a vida, existem muitos momentos doces na história: primeiro que todo o ambiente onde tudo acontece - uma Editora - é muito fofo. Seja pra quem ama livros, seja pra quem trabalha com isso, é delicioso assistir sobre esse universo. Segundo que não existe a rivalidade irritante entre os personagens: ninguém quer puxar o tapete de ninguém, todo mundo quer fazer o seu melhor e mostrar seu valor sem precisar sacanear o amiguinho. Mesmo porque, todo mundo tem sua história e sua importância. 

Também tem uma coisa que eu amo que foi a falta de rivalidade feminina. No mundo real, a gente não tem tempo pra isso. Tem muito boleto pra pagar pra gente ficar preocupada com quem o boy vai ficar, sabe?

Por fim, confesso que chorei no último episódio, quando é feito um paralelo entre a vida e bons livros. Pode ser que eu estivesse sensível no dia? Pode ser. Mas foi muito bonito...

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Bom, eu não queria passar de 5 séries e acabei falando de 6, então vou parando por aqui.
Vocês já devem ter reparado que eu gosto um pouquinho do Lee Jong-suk... Ops! Já assisti outras com ele, mas essas três que coloquei na postagem são mesmo as minhas preferidas.

Vale também recomendar a Oh My Venus! e a Weightlifting Fairy Kim Bok-joo que são duas séries que eu amoooooo e são muito diferentes entre si. Ambas são gostosinhas demais de assistir e possuem como protagonistas mulheres fortes e determinadas. O romance nelas acontece de forma muito gradual e não forçada, sem contar que são bem engraçadas e tem personagens secundários que me fizeram dar boas risadas.

Das super clichês-mas-sem-vilão (gênero que eu amo) recomendo a What's Wrong With Secretary Kim? que tem aquele plot do casal que convive há anos e só agora percebem que se gostam. rs

Descendants Of The Sun eu nem vou falar nada porque ela deve ser uma unanimidade. Não conheço ninguém que tenha assistido e não tenha amado! O episódio do terremoto me fez chorar num grau que minha cabeça doeu. rs

Atualmente terminei na Netflix Holo, meu amor e Itaewon Class. A primeira eu gostei mais do que achei que gostaria e a segunda gostei menos do que achei que gostaria. rs

Com Holo eu tive muito empatia com a solidão da Han So-yeon. #SóDeusPodeMeJulgar
Já com a Itaewon eu não gostei de uma das personagens principais e isso me fez pegar um pouco de bode do plot. A história Park Sae-ro-yi era muito boa, mas a Jo Yi-seo me irritava demaaaaais. Achei uma personagem horrosa pra ter o final que teve. rs

Não gosto de séries que temos o mocinho sendo escroto e a mocinha sendo humilhada all the time. Tô falando com vocês, Boys Over FlowersMischievous Kiss – Love in Tokyo. Provavelmente tem a ver com o fato de eu ter passado dos 30 anos e não ter paciência pra esses relacionamentos tóxicos disfarçados de amor. ~Dios me dibre!

Acho que a última série mais ~jovem que eu assisti recentemente foi a Meteor Garden - que é a versão chinesa do Boys Over Flowers. Essa eu vi toda porque a mocinha é meio lerda, mas não abaixa a cabeça não. Mas ooo série infinita. Terminei na força do ódio, porque não aguentava mais o "separa e volta" do casal principal.

Vai contra meus princípios assistir série que ainda não terminou, mas não resisti e comecei Hospital Playlist na Netflix. Tem episódio novo toda quinta-feira e tô gostando demais! É uma mistura de "chorei de rir" com "chorei porque é uma série médica e às vezes pessoas morrem". 

Fica aí a(s) dica(s)!

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